Embora os movimentos da indústria de jogos sejam bem mais erráticos do que gente como o analista Michael Pachter (a Mãe Dináh dos games) gostaria, fato é que, entre anúncios colossais e reinvenções, parece existir certo padrão. Senão, basta conferir: no início da atual geração de games, a marca das grandes feiras ficou entre a reinvenção de jogos por parte da Nintendo, e a reafirmação dos saltos tecnológicos como principal timão de empresas como Sony e Microsoft.
Mas, se pelos idos de 2005 os novos consoles foram a principal atração, o que esperar para a E3 (Electronic Entertainment Expo) 2010? Afinal, se edições recentes da feira tornaram-se notórias pelo ostensivo rol de lançamentos de software, esse não parece ser exatamente o caso deste ano.
Em suma, a edição de 2010 da E3 deve ser capaz de refletir e consolidar muitas das tendências que germinam atualmente. Por outro lado, será também o momento das empresas se posicionarem em relação a essas mesmas tendências, que às vezes podem ser quase paradoxais.
Quer dizer, no momento em que a indústria começa a abraçar o “jeito Nintendo de ser”, apostando em tecnologias sensíveis ao movimento, surgem perguntas como: qual será a orientação dessa nova aposta por parte de empresas como Sony e Microsoft, ambas conhecidas pelo suporte a jogadores mais “hardcore”? Ou a ideia é mirar o público casual que proporcionou a posição financeiramente confortável da Nintendo por tantos anos?
Juntamente com essas questões, aproxima-se ainda outra tendência: o 3D estereoscópico. Afinal, onde exatamente pode se encaixar essa nova-velha tendência, já que todos os anúncios daqui para frente — em um mundo pós-Move e pós-Project Natal — devem incluir em suas necessidades os controles chacoalhantes? Há quem diga que o alardeado 3DS pode roubar o show durante a feira; é de se imaginar o impacto que isso poderia causar.
Por fim, coroando o caráter revelador de tendências, a E3 deve ser palco também de um sem-número de apostas para interação social, desde MMOs até aplicativos para iPad que se apoiem na necessidade criada pelas famigeradas fazendas virtuais que estão por toda parte hoje em dia.
Bem, é justamente sobre esse tripé um tanto instável — interatividade, inovação e sociabilidade — que Sony, Microsoft, Nintendo, Activision e tantas outras terão que se equilibrar durante a semana que vem. Portanto, fica a pergunta: o que esperar?
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